Em 5 de setembro comemora-se o Dia da Amazônia, a maior reserva natural do planeta. A floresta tropical, conhecida por sua rica biodiversidade, seus rios e habitantes nativos, é motivo de orgulho para o Brasil todo. No entanto, esse dia não é feito apenas para homenagens, a data convida para a conscientização sobre a importância deste patrimônio para o equilíbrio do meio ambiente. Pouco se fala a respeito, mas o desmatamento da mata interfere também no clima e no funcionamento natural dos ciclos da água de norte a sul do país.
A frequência das chuvas nas regiões sudeste e centro-oeste é regulada por conta de um trabalho feito pela natureza de maneira invisível. O ‘Fenômeno dos Rios Voadores’ influencia diretamente os períodos de chuva ou estiagem no território nacional. Esses rios voadores são, na verdade, massas de ar carregadas de vapor de água, que viajam pelos ares direcionados por rotas atmosféricas. Por conta da Cordilheira dos Andes, ao invés dessa massa úmida se espalhar, elas vêm em grande volume para as regiões sul de todo o continente americano. Essa combinação de massa de ar, rota de ventos e a formação rochosa dos Andes faz com que se mantenha um equilíbrio de chuvas em lugares como Rio de Janeiro e São Paulo. Por conta do desmatamento, o perfeito funcionamento desse sistema natural já começa a ficar comprometido, o que afeta diretamente os lençóis freáticos da Bacia do Prata, grande abastecedora de água para os grandes centros do eixo centro-sul do Brasil.
Cuidar da Amazônia não deve ser uma responsabilidade alheia à preocupação de quem mora longe da floresta. A falta d’água interfere na economia, nos hábitos de vida e até na saúde de toda uma população. Atentar-se sobre esse recurso é essencial e urgente, não apenas no dia 5 de setembro, mas uma necessidade que garantirá um ecossistema saudável às gerações futuras. A CBL conscientiza para que o cuidado com o meio ambiente não seja algo entendido como distante do nosso dia a dia. A Amazônia está, de alguma forma, perto de todos nós.
